terça-feira, 8 de junho de 2010

A Vida Mário Raul de Morais Andrade

Mário Raul de Morais Andrade nasceu em São Paulo em 1893. Além de poeta e escritor, foi musicólogo, folclorista e conferencista, estreou em 1917 com o livro de versos sob o pseudônimo de Mário Sobral "Há uma gota de sangue em Cada Poema". Liberta-se, porém, das primitivas influências com os versos que iriam compor a "Paulicéia Desvairada", escritos numa noite em 1920.
Mário de Andrade defendia a disciplina formal na elaboração poética e apontava o artesanato como sua fundamentação estética. Formula um verdadeiro manifesto em "Prefácio Interessantíssimo", que precede os versos de "Paulicéia Desvairada”, e que ajudou a estampar-lhe o rótulo de criador de novos rumos, valorizou a fala brasileira e procurava uma "estilização culta da linguagem popular da roça como da cidade, do passado e do presente".
Essa estilização utilizava vocábulos do linguajar nacional de todos os pontos do país, erros e impropriedades inventados pelo povo, construindo assim uma poesia coloquial e impressionista. Já no fim da vida passa a desenvolver uma poesia interessada no drama social contemporâneo, de vinculação política, apresentada em "Lira Paulistana".
Entre outras instituições de ensino, lecionou por algum tempo na Universidade do Distrito Federal e exerceu vários cargos públicos ligados à cultura, de onde sobressaía sua faceta de importante pesquisador do folclore brasileiro. Foi um dos principais nomes da Semana de Arte Moderna de 1922.
Participou também de importantes publicações modernistas como a Revista "Klaxon" e a "Estética". Mário de Andrade morreu de ataque cardíaco no ano de 1945 em São Paulo.

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